quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mário Crespo e as muitas perguntas que todos também fazemos!

Até quando vamos gramar com estes ladrões?
Porque é que o cidadão José Sócrates ainda não foi constituído arguidono processo Freeport? Porque é que Charles Smith e Manuel Pedro foramconstituídos arguidos e José Sócrates não foi? Como é que, estando oepicentro de todo o caso situado num despacho de aprovação exarado noMinistério de Sócrates, ainda ninguém desse Ministério foi constituídoarguido? Como é que, havendo suspeitas de irregularidades numMinistério tutelado por José Sócrates, ele não está sequer a serobjecto de investigação? Com que fundamento é que o procurador-geralda República passa atestados públicos de inocência aoprimeiro-ministro? Como é que pode garantir essa inocência se oprimeiro-ministro não foi nem está a ser investigado? Como é possívelnão ser necessário investigar José Sócrates se as dúvidas se centramem áreas da sua responsabilidade directa? Como é possível não oinvestigar face a todos os indícios já conhecidos? Que pressões estãoa ser feitas sobre os magistrados do Ministério Público que trabalhamno caso Freeport? A quem é que o presidente do Sindicato dosMagistrados do Ministério Público se está a referir? Se, como dizem, oestatuto de arguido protege quem o recebe, porque é José Sócrates nãoé objecto dessa protecção institucional? Será que face ao conjunto deelementos insofismáveis e já públicos qualquer outro cidadão não teriajá sido constituído arguido? Haverá duas justiças? Será que qualqueroutro cidadão não estaria já a ser investigado? Como é que asembaixadas em Lisboa estarão a informar os seus governos sobre o casoFreeport? O que é que dirão do primeiro-ministro de Portugal? O que éque dirão da justiça em Portugal? O que é que estarão a dizer dePortugal? Que efeito estará tudo isto a ter na respeitabilidade dopaís? Que efeitos terá um Primeiro-ministro na situação de JoséSócrates no rating de confiança financeira da República Portuguesa?Quantos pontos a mais de juros é que nos estão a cobrar devido àdesconfiança que isto inspira lá fora? E cá dentro também? Que efeitosterá um caso como o Freeport na auto-estima dos portugueses? Quanto éque nos vai custar o caso Freeport? Será que havia ambiente para seremtrocados favores por dinheiros no Ministério que José Sócratestutelou? Se não havia, porque é que José Sócrates, como a lei o prevê,não se constitui assistente no processo Freeport para, com o seuconhecimento único dos factos, ajudar o Ministério Público a levar ainvestigação a bom termo? Como é que a TVI conseguiu a gravação daconversa sobre o Freeport? Quem é que no Reino Unido está tãoultrajado e zangado com Sócrates para a divulgar? E em Portugal,porque é que a Procuradoria-Geral da República ignorou a gravaçãoquando lhe foi apresentada? E o que é que vai fazer agora que oregisto é público? Porque é que o presidente da República não sepronuncia sobre isto? Nem convoca o Conselho de Estado? Como é que, ameio de um processo de investigação jornalística, a ERC se atreve aadmoestar a informação da TVI anunciando que a tem sob olho? Será queJosé Sócrates entendeu que a imensa vaia que levou no CCB na sexta ànoite não foi só por ter feito atrasar meia hora o início da ópera?Nota: O Director de Informação da Antena 1 fez publicar neste jornaluma resposta à minha crítica ao anúncio contra as manifestaçõessindicais que a estação pública transmitiu. É um direito que lheassiste. O Direito de Resposta é o filho querido dessa mãe de todas asliberdades que é a Liberdade de Expressão. Bem-haja o jornal que tãoelevadamente respeita esse valor. É uma honra escrever aqui.

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