terça-feira, 21 de julho de 2009

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Destaque Expresso

Ministra admite adiar avaliação de professores
Governo está disposto a manter o "simplex" da avaliação de professores por mais dois anos. É mais um dossiê polémico que pode ficar congelado.
Isabel Leiria e Joana Pereira Bastos
15:12 Sexta-feira, 19 de Jun de 2009

Depois de adiar a decisão sobre o TGV, o Governo admite suspender outro dos dossiês que mais polémica causou na legislatura. Em despacho enviado ao Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP), a ministra da Educação informa estar disposta a manter por mais dois anos o "simplex" da avaliação (ver documento Word no final do texto).
O que implica adiar mais uma vez a entrada em vigor do contestado modelo aprovado em 2008, que até agora nunca chegou a ser aplicado. A manter-se o "simplex", até 2011 os professores continuarão a ser avaliados apenas com base na assiduidade, cumprimento do serviço distribuído, participação na vida da escola e relação com a comunidade.
A redução das taxas de insucesso e abandono escolar mantém-se de fora da apreciação do trabalho dos professores. Quanto à observação das aulas, outros dos factores que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues sempre defendeu como fundamental, permanecerá opcional. Apenas os avaliados que se queiram candidatar às notas mais elevadas (Muito Bom e Excelente) terão de pedir para ver as suas lições escrutinadas.
No despacho, a ministra pede ao CCAP, o órgão criado para acompanhar a aplicação deste processo nas escolas, que diga se concorda com esta a solução ou se, pelo contrário, considera que os estabelecimentos de ensino estão finalmente preparados para a aplicação integral do modelo de avaliação, tal como foi definido inicialmente pelo Governo.
Dificilmente o CCAP defenderá esta última hipótese, até porque o próprio presidente deste órgão, José Ventura, tem defendido a necessidade de se estudar melhor a forma como os resultados dos alunos devem contar para a avaliação dos professores e de aumentar a formação dos avaliadores.
Já esta semana, em entrevista à SIC, o primeiro-ministro reconheceu, pela primeira vez, o "erro" do Governo no que respeita ao processo de avaliação, que levou largas dezenas de milhares de professores à rua, num movimento de contestação nunca antes visto entre a classe."Errámos ao propor uma avaliação tão exigente, tão complexa e tão burocrática. Corrigimos logo a seguir, mas o erro ficou feito", admitiu José Sócrates.

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